Eu sei o que a solidão diz todas as noites. Sei também da dor quando o peso das coisas perdidas pesa nos ombros. Talvez tenho a maior parte de culpa por incendiar o fogo das lamentações. Não tenho medo de confessar que não tenho medo de chorar na frente de quem penso que ainda quer continuar nos meus sonhos, e de não ter pena de me transformar numa escrava. Mas agora vejo que é a hora e dou adeus a qualquer desculpa que eu tenha criado de doer. Abro minhas mãos e vou jogando fora cada grão de areia que acumulei com o tempo. Me permito seguir em frente sem lágrimas nos olhos. Sem qualquer amarra que leve a pensar que nunca vou esquecer. Porque a grande verdade em todas as historias perdidas é que esquecemos. Talvez por necessidade, sobrevivência, simancol. e só tenho certeza que podemos seguir de cabeça erguida e sem culpa de amarras que nos afastam de futuros sonhos quando queremos o novo de novo, uma folha em branco e branda e quando entendemos que somos obrigados a ser feliz a amar de novo. Voo longe e vejo miniaturas. Vejo o milagre que a vida faz nos meus olhos cansados. Tudo parece fazer sentido em questão de segundo, pois ainda tenho esse brilho no olhar como antes. Mesmo quando achava que tivesse perdido a visão quando me perdia nessas voltas que o mundodá. A alma desperta simples assim, como uma borboleta que acorda ganhando o mundo sem mais nem lembrar que já rastejou tanto no escuro e terra fria. Não quero mais ser o cão correndo atrás do próprio rabo. Não quero mais andar em círculos. Depois quando crescemos ficamos tontos demais andando de carrossel. Agora a lei é seguir em frente vencendo todos os medos ate não existir mais nenhum. Exigindo coragem de olhar pra dentro e perceber essa vozinha que sussurra e que muitas vezes não demos ouvidos antes. Escuto tranquilamente o que essa voz vem me dizer, a vida é hoje e só o presente existe. Somos humanos, nascemos somente para doar o que é sincero, ser e fazer as pessoas felizes e um dia quando inevitável, também morrer no coração de alguém.
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