Eu sou simples e transparente como a chuva, só molho quem se permitir. Me visto de esperanças e retalhos de gratidão. Me vejo como uma errante que parece nunca aprender a lição. Não deixa de lado os seus naufrágios e nunca revela de onde as cinzas vem. No corpo carrega uma alma cansada e no olhar as palavras que o coração tem. Parece esquecer todos os nomes que já teve e sempre cria os que virão. Não esquece de ninguém, nem das madrugadas. Se sente pequena como as estrelas distantes. Caminha por entre as pedras e tapetes flutuantes. Desenha sempre o mesmo nome e repete sempre o que desenhou. Vive de lembranças, sonhos e silêncio. E voa na imensidão da fantasia tentando entender como um instante pode se transformar em razão para viver uma eternidade.
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